Para a realização de implantes dentários é preciso que o paciente tenha uma quantidade mínima de osso. Normalmente, o paciente tem essa quantidade de osso. Quando ocorre de a quantidade de osso (espessura ou altura) ser insuficiente, a solução é o enxerto ósseo. Este é um procedimento muito utilizado hoje e que consiste em depositar tecido ósseo, em pó ou em bloco, no local desejado para recompor o osso (no caso da perda óssea) ou completar o que falta para permitir o implante. Após alguns meses – o tempo de duração varia de 4 a 6 meses –, o osso enxertado se incorpora ao osso existente, formando a base necessária para a colocação do implante.
Antes, havia, por parte do paciente, o temor da rejeição de um enxerto ósseo. Hoje, isso já não constitui um problema, uma vez que os profissionais trabalham com enxertos sintéticos ou então utiliza-se o osso do próprio paciente, sem maiores complicações e sem risco de rejeição.
Embora pareça uma cirurgia complexa e delicada, o enxerto ósseo é um procedimento simples, normalmente feito com anestesia local e sem efeitos colaterais e realizada no próprio consultório dentário. Neste caso, o pós-operatório é tranquilo, bastando que o paciente siga as recomendações do dentista, quanto à higiene e cuidados com a área operada. Quando se trata de procedimento mais complicado, a cirurgia precisa ser realizada em um ambiente hospitalar, com anestesia geral. Mas este é um caso excepcional.
Existem vários tipos de enxerto: os autógenos, que são removidos do próprio paciente, normalmente da boca, quando o procedimento exige pouco osso, ou da bacia, da tíbia (no alto da canela) ou da calota craniana, caso seja necessário uma quantidade maior, e que pode ser enxertado na forma de blocos ou moído, dependendo da aplicação, e os alógenos, quando provenientes de outra pessoa. Neste segundo caso, é preciso verificar a compatibilidade e os cuidados a serem tomados são os mesmos de qualquer outro órgão doado. Há ainda os xenógenos, provenientes de outra espécie, de origem bovina, por exemplo. Com o desenvolvimento da tecnologia, temos hoje o enxerto com biomateriais. Estes são materiais sintéticos com alta capacidade de adaptação ao corpo humano. Existem várias marcas no mercado.